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Foto do escritorRita Lança

Intervenção familiar


desenho pintado a lápis de cor

Um dos maiores fatores na qualidade de vida de alguém que está a morrer é a relação com a família, com aqueles que ama. Nem sempre os serviços envolvidos no fim de vida têm recursos e capacidade para acompanhar a família.


O centro do meu cuidado é a pessoa em fim de vida, as suas necessidades, preocupações e escolhas concretas. É indissociável deste cuidado, perceber que todos estão a sofrer. Cada pessoa, de seu modo particular, está lidar com as próprias emoções, história e têm necessidades que podem ser diferentes.


Para além do acompanhamento da pessoa, proponho alargá-lo à família/rede de pessoas significativas como uma unidade de cuidados, porque somos em relação, agora e na hora da nossa morte.


Como facilitar que a pessoa/família encontrem conexão na sua vida, expressem o amor, a gratidão, o perdão, lidem com a perda e se possam despedir?


A base do acompanhamento que desenvolvo é a escuta contemplativa e a presença compassiva. Cuido o contexto para abrir a possibilidade de as pessoas se expressarem de coração aberto, sentirem que são escutadas profundamente, o que em si é já terapêutico.


Facilito a expressão de medos, arrependimentos, culpas, frustrações, anseios, desespero e amor, ou seja, todo o conjunto de emoções e pensamentos que inquietam a pessoa. Para expressar estas dimensões mais profundas de si mesmo, uma pessoa deve sentir que não será julgada.


O meu papel é também o de facilitar a jornada interior, que permita enfrentar as emoções e sentimentos associados a assuntos pendentes, que possa trazer tranquilidade a quem parte e aos familiares.


Gestos como expressar arrependimento, esclarecer uma situação ou perdoar podem ser extremamente poderosos e transformadores para todos os envolvidos e fomentar a aceitação e sentimentos de serenidade.


Aquilo que eu ofereço:


  • Apoio emocional e espiritual;

  • Acompanhamento individual a cada membro da família;

  • Facilitação de sessões familiares, com recurso a práticas contemplativas e dinâmicas psicodramáticas;

  • Presença serena que ajude a criar uma atmosfera de confiança, tranquilidade e suporte nas adversidades;

  • Identificação de necessidades da pessoa/família;

  • Identificação de barreiras à conexão autêntica e respostas alternativas;

  • Facilitação da comunicação, expressão sentimentos, desejos e legados;

  • Apoio em questões práticas e burocráticas, nomeadamente, na articulação com serviços;

  • Apoio informativo e educativo, bem como orientações práticas ao nível da prestação de cuidados;

  • Suporte à família em eventos significativos, como sejam consultas médicas, funerais, celebrações;

  • Acompanhamento no processo de luto antes, durante a após a morte do familiar.



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